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quarta-feira, 2 de novembro de 2016



OS VIVOS... MORTOS

Caminhando pelas ruas sem vidas
Misturei-me na multidão, perdido,
Indiferentes, automatizadas,
Seres sonâmbulos; despercebido.

Fantasmagóricos corpos com almas áridas
Esqueletos ambulantes no mundo
No cemitério das vidas esquálidas
Andam vivos, nas vias, moribundo.

Sepultados nas suas próprias sinas
E assim, pelas ruas hipnotizadas
Criaturas vis, sem amor, sem nada.

Espectros, perambulam pelas ruas
Trancados no Eu, traumatizadas,
São criaturas mortas, abandonada.

Ernani Serra

Pensamento: O amor está tão caro, raro e perigoso, oferecendo risco de vida, a quem nele crê e deixa germinar na alma.

Ernani Serra


O MENESTREL


A mulher é como a sonora lira
Que a mão canta e decanta, o menestrel,
No arrebol da fria tarde que o inspira;
À musa, dá beijos, sabor de mel.

Num balé espacial, beija e retira
O néctar da flor, ósculo sem fel;
Com os lábios ardentes como a pira,
Suga no dedilhar seu amor fiel.

As silhuetas debaixo da copa
Os namorados ao fim do arrebol
Trocando juras de amor; que romântico!

A melodiosa canção que toca
No coração, vindo do rouxinol
Que trina, no ninho; que belo cântico!

Ernani Serra

Pensamento: Só os poetas podem conceber o amor imaginação pela fuga da realidade.

Ernani Serra