O VELHO SOLITÁRIO
Que importa o desamparo em pleno deserto
Sem um minuto de amor que amargura a alma
Na vida sem prazer, a vaguear incerto,
Na solidão, um grito de dor, em Minh 'alma.
Pesadelos, delírios... o tempo passando
No desespero de uma retrospectiva
No meio da tempestade o vento assobiando
Na solidão, a queixa d'alma, conflito dava.
O tempo irreversível ia penetrando
No desamor, estrangulando a Minh 'alma
No cadavérico rosto envelhecido.
A cada volta, a morte, de olhar faminto
Vendo no espelho a flacidez de um fantasma
Disforme, pelo tempo, no labirinto.
Ernani Serra
Pensamento: O que para lagarta é a morte para o Mestre é a borboleta.
Pensamento Oriental