POR AMOR TAMBÉM SE MORRE
Na rede recostada, molemente
Naquele terraço, a moça dormia
Seus cabelos, voavam na ventania
E o pé descalço, ao chão, passava rente.
De leve, um caule vergou sobre o busto
Mesmo em sonho, a jovem estremecia
Ao afago da rosa, em sua companhia
Era como um beijo, curto assustado.
E o ramo, ora chegava, ora afastava
Por sobre o seu colo, a flor ia beijá-la
Deixando o seu ramo, no peito dela.
Cobrindo-a de pétalas, afagava
Sem sentir, ia dando a vida por ela
Por amor, morreu no seio da donzela.
Ernani Serra
Pensamento: Da natureza de nossos pensamentos, depende a fortaleza de
nosso corpo, o vigor de nossa inteligência, o êxito de nossos negócios
E. W. Trine
Nenhum comentário:
Postar um comentário