O PÁRIA
Olha a desgraça do mundo na rua
Contempla a face da desolação
Sem pão, sem labor, sem habitação
São resquícios de gente seminua.
Sua fraqueza é tamanha que sua
Desfalece na fria exaustão,
A morte vê a vida nua e crua
Que as portas se fecharam para um cristão.
O pária faz espetáculo fúnebre
Para a plateia de rosto patético
Que vê um infeliz sob uma mortalha.
Alguém com pesar diz palavra lúgubre
Ao pária que não é o primeiro e o único
Que o manto da noite cai e agasalha.
Ernani Serra
Pensamento: O mundo é um enigma, um misto de paraíso e inferno, um elo
que formam cadeias sociais para sobreviverem numa vida efêmera.
Ernani Serra
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