A CORTESÃ
Caindo pelos
ombros, a blusa, na penumbra,
Como por
encanto, a cada instante, cortejo,
Na espádua, a
linha curva, no talhe sobejo,
Pelo seu
corpo, a sensualidade, deslumbra.
As mãos
inquietas movem-se discretamente
Como dois
pássaros, assustados no ninho,
Desnudando o
colo, com paixão e carinho,
Por um
momento, solta os seios, suavemente.
O ventre, como
uma pluma macia que se arqueia,
Embaixo, um
leve buço dourado sombreia,
A coxa firme,
que desce da perna ao artelho.
Sugando a doçura
da pele de Frineia
Na agitação
frenética duma colmeia
De súbito,
surge seu corpo nu, no espelho.
Ernani Serra
Pensamento: Se
escândalos pagassem dívidas, o Brasil não devia a ninguém.
Ernani Serra
Nenhum comentário:
Postar um comentário